terça-feira, 17 de junho de 2008

"O SUSPEITO" ( RENDITION)

O filme “ O suspeito” ( não confundir com “os suspeitos”) tem o título original em Inglês de “ Rendition” que se refere a uma lei pós 11 de setembro, que autoriza o governo norte-americano a sequestrar suspeitos e a prática de outros tipos de torturas. A produção é norte-americana (2007) e o filme é dirigido pelo sul-africano Gavin Hood. Trata-se uma das muitas produções pós-11 de setembro e certamente merece ser visto, sem ser maravilhoso. Um dos pontos altos do filme é a utilização de um elenco de atores intermediários (elenco de apoio) com características físicas e culturais da região. O melhor desempenho para mim é disparado do ator israelense Yigal Naor, que faz o líder árabe encarregado das torturas. O pior desempenho disparado, e olha que esta opinião é quase unânime é da Reese Whiterspoom, sem preconceito ou perseguição, mas é que ela não consegue mesmo ! Alan Arkin e Meryl Streep tem bons desempenhos. Pessoalmente acho o desempenho de Jake Gillenhaal e Peter Sarsgaard (o agente de informações e o assessor do senador respectivamente) fracos, mas há quem goste. O tema “tortura” não é propriamente uma novidade para nós brasileiros, (se você gosta do assunto, veja “Batismo de Sangue”, os meus posts sobre “o Coronel” e Tropa de Elite, e há também trabalhos mais consistentes sobre a discussão de 11 de setembro. Particularmente gosto muito de “Terra da Fartura” (“Land of Plenty”) de 2004, do Win Wenders, “ Paradise Now” do palestino Hany Abu-Assad e os onze filmes de duração de 11 minutos com cineastas do mundo todo sobre o ataque às Torres Gêmeas, mas ainda assim ( sem pretensões de grande reflexões ou mensagens sobre o assunto) ainda há bastante interesse neste “O suspeito”, que é um filme bem feito e bem dirigido.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Rick! Vc não acha que ele mereceu mais ganhar o Oscar do que o chatíssimo "Onde os Fracos não tem vez"???

Beijos

Cardo disse...

Desta vez vou ser obrigado a discordar de você. Embora nenhum dos dois seja maravilhoso, acho "Onde os fracos não tem vez" (o título estraga muito) melhor. Um abração !