Este filme é da “época” em que os tradutores não resolviam criar outra obra ao traduzir o nome do filme. 1955. Direção e produção de Otto Preminger, estrelado por Frank Sinatra, Eleanor Parker e Kim Novak, o filme, com uma temática ousada e com um desempenho fantástico do Frank Sinatra (é o seu melhor filme como ator sem dúvidas), chegou a ser indicado para prêmios importantes. É a estória de um viciado em heroína, jogador e músico, que desenvolve uma relação baseada com a sua culpa em relação a um acidente sofrido pela esposa (Eleanor Parker, excelente) e é pressionado por esta (passado) e mais pela amante ( que representa o amor e o novo ) pelo tráficante e pelos jogadores ( seu passado). Nesta estória pouco Hollywoodiana, destaque para o diretor,os atores e para a trilha sonora de Elmer Bernstein, totalmente baseada no ritmo que tem tudo a ver com a estória, o Jazz da década de 50. O Diretor como se sabe, era austríaco de nascimento e veio para os EUA como resultado dos conflitos europeus e do nazismo. ALIÁS, aproveitando o que não é uma coincidência, ou seja a presença da Eleanor Parker nos dois filmes, há outro filme, que retrata bem a década de 50 nos EUA e que é muito bom mesmo, trata-se de CHAGA DE FOGO (1951) voltamos ao problema da tradução, OK , que no original chamou-se “Detective Story”, uma produção de William Wyler, criada sobre uma peça da Broadway ( aliás interessante como a cena teatral é um grande celeiro para o cinema nos EUA, diferentemente de outros países) de Sidney Kingsley, com o genial Kirk Douglas fazendo o detetive Jim Mcleod e Eleanor Parker( novamente fabulosa) fazendo sua esposa Mary. Um filme que é ao mesmo tempo realista e que consegue passar um profundo drama existencial, um verdadeiro tratado sobre a ética. Vale demais a pena ver ambos, dois P&B fantásticos !
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