Ainda no campo obituário, assisti em homenagem ao diretor inglês Anthony Minghella, também morto esta semana a um de seus mais recentes filmes: INVASÃO DE DOMICÍLIO ( Breaking and Entenring, EUA/INGLATERRA -2006). Na verdade, o filme usa da invasão, que nem mesmo é ao domicílio, ou seja, do furto de uma empresa, para falar de duas coisas distintas: Uma, de uma espécie de multiculturalismo, que confesso, me soa sempre muito estranho, e não gosto de ver nas telas. O filme é em Londres, mas o que se vê é uma profusão de estrangeiros, desde suecos a orientais, passando por negros, bósnios, Juliete Binoche fazendo papel de muçulmana e tudo que mais pintar. Só faltaram latino-americanos e brasileiros. O que há de errado em mostrar este multiculturalismo? O problema é que ele soa artificial. Ou as relações são do tipo estrangeiro= outsider ou são intensamente amistosas. Não há um meio termo mais realista, e para falar a verdade, quase não tem ingleses no filme. Parece uma mistura de Torre de Babel com edifício sede da ONU. A segunda intenção do filme, e neste ponto ele é mais feliz, é falar dos problemas de relacionamento amoroso (falta de romantismo, atenção exagerada da mãe aos filhos, atenção excessiva ao trabalho,etc...) e neste particular ajuda muito contar com o Jude Law, que desde CLOSER(de Mike Nichols,2004) faz muito sucesso com este tipo de papel de macho em crise. Em resumo é um filme meio bom, aliás como a obra do diretor de um modo geral, como em O PACIENTE INGLES e COLD MOUNTAIN (esse achei ruim mesmo). Do TALENTOSO RIPLEY não posso falar porque não vi.
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