domingo, 4 de abril de 2010

ÚLTIMA POSTAGEM

A partir de hoje estarei postando não apenas impressões cinematográficas, mas sobre tudo no blog Cardo do Meier http://cardo-meier.blogspot.com/

para onde foram transferidos os arquivos e comentários

sábado, 27 de março de 2010

FAVELA RISING


"Favela Rising" é um documentário norte-americano de 2005 sobre a experiência do Afro-Reggae em Vigário Geral, centrado na figura de um de seus líderes , Anderson, e muito focado na idéiada contra-opção ao tráfico. O documentário é interessante pelas cenas que revela, sem dúvida, mas não é tão aberto em termos de uma visão mais ampla da própria comunidade. É um tema interessante, porque a favela de hoje não tem mais aquela aura que tinha na década de 60, de comunidades de pessoas de origem semi-rural, com estrutura econòmica miserável. Muito interessante e aguardado o trabalho que está sendo desenvolvido pelo Cacá Diegues, um dos cineastas de "Cinco vezes Favela" e que agora coordena cinco produções feitas pelos próprios moradores de favela. Falta muito esta imagem produzida pelos próprios. De qualquer jeito, é interessante ver o que os diretores Jeff Zimbalist e Matt Machory desejam mostrar, tirando um certo ar meio triunfalista e até sobrenatural que fica um pouco presente e que a meu ver prejudica um pouco a amostragem sem prejuízo do quanto de bom isto pode resultar para o projeto.

domingo, 21 de março de 2010

FÜHRER EX

Um bom filme alemão de 2002, de Winfried Bonengel, estrelado por Cristhian Blummel e Aaron Hildebrand, ambos com mais experiência televisiva, sendo que o filme tem a grande sacada de não procurar explicações e sim mostrar como o nazismo ainda estava vivo,nas décadas de 80, 90 e até hoje em manifestações que nada tem de apenas alemãs, Há uma certa violência subjacente nas relações, que faz o filme pouco confortável, Derruba-se o muro e muito pouco muda....Vale a pena dar uma olhada, é menos faccioso que " A Onda" e um pouco mais inteligente, talvez por ter menos pretensão....

sábado, 20 de março de 2010

O HOMEM ERRADO

Não havia visto  até hoje este bom filme do Alfred Hitchcock, "The Wrong Man" (1956) com um excelente desempenho do Henry Fonda e da Vera Miles, como um casal mediano que é vítima de um erro policial e judicial baseado em um reconhecimento equivocado. O tema de falsos julgamentos e suas consequencias é forte para alguns ( para mim , sem dúvida) e o trabalho dos atores e a direção só ajudam. Há uma cena clássica de direção de fotografia na cela da prisão. É algo incrível como Henry Fonda faz bem  o soldado,  o mocinho de faroeste e o homem comum, como neste filme,  sem deixar sua presença sobrepujar o representado. Há uma leitura deste filme que o aproxima de uma tentativa neo-realista de retratar Nova Iorque dos anos 50, o que realmente o filme faz bem. Acho que gostei porque foge um pouco do estilo  de suspense Hitchcockiano, que raraz vezes cai bem , no meu gosto ( sem deixar de assinalar que o cara é mesmo um mestre ). Valeu !

sexta-feira, 19 de março de 2010

DA CAMA PARA FAMA

"Da Cama para a Fama" é o título que arrumaram em português para " Torremolinos 73" , um filme espanhol, roteiro e direção de Pablo Berger, de 2003, estrelado pelos bons atores espanhóis Javier Camara e Candela Peña, além do ator dinamarquês Mads Mikkelsen ( um papel de menor expressão ). Trata-se de um misto de comédia ( há boas cenas engraçadas ! ) e drama, envolvendo questões como o machismo, e também uma certa homenagem ao cinema de Ingmar Bergman, pois o filme é uma co-produção Espanha e Dinamarca. Não chega a ser uma obra de arte, mas diverte e passa bem, sem a estupidez reinante no espetacular mundo de hoje. Legal !

domingo, 14 de março de 2010

INIMIGOS PÚBLICOS

O filme " Inimigos públicos" (2009) de Michel Mann, é exatamente o que o cartaz anuncia, um filme de ator, no caso , o Jonhy Deep, que como sempre dá um show de interpretação, fazendo o papel do assaltante de bancos Jonh Dillinger, que gozava de grande popularidade nos EUA na década de 30. É certo que o diretor é especialista em filmes de polícia e bandido e que há muitas boas interpretações secundárias como por exemplo o Cristhian Bale e a Marion Cotillard, mas o filme é o Jonhy Deep. Tem duas cenas muito absurdas que estragam um pouco a veracidade do filme, mas nada que se possa deixar de recomendar o mesmo, como uma boa distração com bons desempenhos de atores. Para quem gosta de saraivada de balas !

sexta-feira, 12 de março de 2010

DISTRITO 9

"DISTRITO 9" ( 2009) é um bom filme de ação e de ficção científica, do sul-africano Neil Blomkamp, que tem muita bagagem na área de efeitos visuais. Não se trata muito da minha "praia" mas o filme é recheado de analogias e metáforas sobre segregação, discriminação, o que o torna sem dúvida, mais interessante. Não é um filme de atores, mas apresneta uma boa direção e o estilo meio documentário meio jornalístico do início é um dos pontos altos, antes do filme se tornar efeitos e ação. Acima da média dos filmes de mesmo estilo !

quarta-feira, 3 de março de 2010

O DESINFORMANTE

 
O título em português não ajuda muito o filme, que foi uma agradável surpresa. É a estória de um executivo de uma grande firma, que acaba se envolvendo com espionagem e o FBI. O roteiro e a direção conseguem produzir um filme que prende sua atenção e te surpreende, afastando-se do que parece ser um trailer de denúncia ou até mesmo um filme de humor, para se constituir em um quase drama de caráter subjetivo, na área das compulsões. Não acho o Matt Damon um grande ator, mas pouca diferença faz, pois não é um filme de ator. desta vez o Steven Sorderbergh depois dos sofríveis "Não sei que de uma garota de programa" e "Che" consegue acertar na mão. A pesquisa sobre o roteirista "Scott Burns" revela que o mesmo também foi o roteirista de "identidade Bourne" ( nada posso falar porque não vi) mas pela amostra deste filme, entende do riscado. valeu !

sábado, 27 de fevereiro de 2010

BASTARDOS INGLÓRIOS


Tive certa dificuldade em entender "Bastardos Inglórios" ( 2009) do Quentin Tarantino. Acho que ele tentou fazer uma "brincadeira" ( sem nenhum sentido pejorativo na palavra) com colagens e referencias de outros filmes, enrolando o cinema alemão da primeira metade do século com o nazismo e questões temáticas de difícil solução. A chave para mim foi a adoção, por exemplo do nome de "Stiglitz" para um dos mais violentos ( trata-se do nome de um dos pais do cinema norte-americano). Há várias referências ao cinema alemão, e filmes de faroeste. Não é um filme ruim, tem bons atores, o Brad Pitt está muito ruim, mas o Daniel Bruhl ( de Adeus Lênin está bem e o Cristopher Waltz, que faz o coronel Landa está ótimo mesmo,como todos reconheceram. Porém o filme é hermético demais, inacessível para os que não detém os códigos sobre os quais é construído e que soa um pouco bobinho, tipo sessão da tarde,sem esta compreensão antecipada,  dá prá ver, mas está longe do Tarantino de " Pulp Fiction" ou " Cães de Aluguel" onde além das costumeiras referencias, há outras bem mais acessíveis aos comuns dos mortais

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SALVE GERAL


Fechando fevereiro com mais um bom filme nacional, "Salve Geral" ( 2009) de Sérgio Rezende, de quem me recordo com destaque por exemplo, do "O Homem da Capa Preta" e "Guerra de Canudos". A partir de um roteiro que não é lá estas coisas, pois parte de uma víuva, professora de piano que de repente, se envolve bastante com o PCC ( o Partido do Comando da Capital) orgnização criminosa de São Paulo, que provoca uma imensa rebelião e confronto com a polícia ( inspirado em fatos reais recentes), o diretor consegue construir uma boa e envolvente estória de ação, sem mocinhos e com muitos bandidos, mostrando ao mesmo tempo um pouco da realidade do sistema carcerário e da sociedade envolvida com o crime de perto. Com um excelente elenco com nomes pouco conhecidos e quase todos oriundos do teatro, e com o destaque da Denise Weinberg, excelente no papel de "ruiva" e com a competência habitual da Andréa Beltrão, o filme[é uma excelente representação do cinema brasileiro.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

BESOURO


O filme "Besouro" (2009) de João Daniel Thikomirof, é uma produção nacional que conta a estória do capoeirista "Besouro", um ícone, e que traz em seu conjunto muita simbologia das religiões afro-brasileiras e sem dúvida alguma da luta pela afirmação do negro na sociedade brasileira. É um bom filme, com atores e atrizes novos, que traz algum apuro técnico na direção e na fotografia, com a utilização de imagens em movimento. Pessoalmente acho que há algo na cor que prejudica o aspecto histórrico do filme, que se passa na década de 30 no reconcâvo baiano, mas sem prejuízo para o conjunto do filme, que para mim é melhor pelo seu caráter simbólico. Na comparação com "Cafundó" que tem alguma semelhança, este último é melhor com exceção do caráter político, que no final é o que sobressai mais de "Besouro". É óbvio que é imperdível
até pelo ineditismo de tais produções.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O PSICOLOGO (SHRINk)

O filme "Shrink" ( 2009) traduzido para "O psicólogo" é um dos bons produtos independentes do festival de Sundance de 2009. Dirigido por Jonas Pate, com roteiro de Thomas Moffet, o filme fala sobre perdas e é focado no personagem principal, um psicólogo cuja mulher se suicidou. O grande barato do filme é a atuação (sempre) primorosa do Kevin Spacey, que dá um show, e conduz a estória do filme para cenas divertidas e alguma reflexão ( não muita) sobre o processo de perdas. Há outras boas atuações, de atores novos, como Jesse Plemons (que faz Jesus, o fornecedor de maconha) e Dallas Roberts (que faz o produtor com complexo de limpeza), além das belas Keke Palmer e  Saffron Burrows,sem contar o sempre engraçado-triste Robin Willians em participação especial. É um filme sem pretensões maiores, mas que diverte bem e merece ser visto.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

PESADELO AMERICANO

"Pesadelo Americano" ( American Gun, 2006) tinha tudo para ser um grande filme - um tema interessante a partir de um dos muitos atentados em que adolescentes matam diversos outros, na escola, de posse de arma de fogo - bons atores, em especial Marcia Gay Harden ( ótima) Forrest Whitaker e Donald Sutherland e mesmo Tony Goldwyn. Mas o filme de Aric Avelino não consegue fechar as estórias nas quais é estruturado e fica meio que sem sentido. Apenas a estória do Forrest Whitaker faz algum sentido e as demais ficam boiando e o espectador frustrado esperando algum final melhor, que infelizmente não vem.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

DISTURBIOS DE PRAZER


"Distúrbios de Prazer" é a tradução arranjada para " Dowloading Nancy" filme de 2008, do diretor Johan Renck, que é um dos mais conhecidos vídeo-makers de musicais e faz um filme difícil, estrelado e bem apoiado no bom trabalho dos atores Maria Bello, Rufus Seweel e Jason Patric, sendo que os dois primeiros oriundos das series Televisivas e o último já mais tarimbado. Todos estão muito bem. A dificuldade do filme é que o tema é espinhoso, trata de asssuntos como infelicidade conjugal, prazer e amor, e resvalam sempre no caricato e no clichê. Porém acho, que no final, o filme consegue ultrassar este risco e apresetar bem o enredo. Outra coisa interessante é que apesar de não ser linear, o que já é bem característico da nova forma de exposição visual, também não é confuso, fica claro o que e como aconteceu. O filme é bom e o diretor promete vôos maiores tambem no cinemão.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

DOCES BÁRBAROS

Assisti ( na verdade re-vi) ontem na TV Brasil o filme " Os Doces Bárbaros" um documentário do Job Tom Azulay de 1976, que foi remasterizado e tudo o mais,e tem, sem dúvida, um grande interesse. Passados mais de trinta anos, é interessante ver o conjunto de ensaios e shows reunindo Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Gilberto Gil, entremeados de outro interessante documentário sobre a prisão do Gilberto Gil por posse de maconha no show em Florianópolis. Ainda influenciados por idéias oriundas da contra-cultura e uma estética e "ideologia" caracterizada como " hippie", o filme compensa com suas imagens um som ainda deficiente. Imperdível no aspecto da história da cultura, da arte e da música. Valeu muito !

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

MANDELA - A LUTA PELA LIBERDADE

Não há dúvida que Nelson Mandela é hoje um dos heróis vivos dos nossso tempos e o recente filme dirigido pelo Clint Eastwood como Morgan Freeman ( Invictus) está neste processo. Ainda não vi, mas aproveitei para ver este "Goodbye Bafana" de 2007, do diretor dinamarques Bille August e que acabei gostando . Não tanto pelo ator que faz o Mandela, que não achei lá estas coisas, mas o Jospeh Fiennes está muito bem como o carcereiro e censor e a atriz que faz sua esposa (Diana Kruger) também está ótima. O Joseph Fiennes tem algo de melancolico sempre, que é bem interessante. Quanto à estória, trata-se de um quase documentário, envolvendo etapas da vida de Mandela no sistema carcerário por cerca de 27 anos. O filme traz os mesmos debates do mais recente " Frente a Frente com o inimigo, que também é muito bom. Espero que a copa do mundo na Africa do Sul seja um bom referencial para se debater a luta política de Mandela e seu povo

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

GODARD



Para quem gosta de cinema, um presentão - o Centro Cultural da Caixa está rodando uma retrospectiva com filmes do cineasta suiço-francês Jean Luc Godard que está prestes a completa seus oitenta anos de idade, e é um dos pais do movimento chamado de " Novelle Vague" que agitou o cinema francês e do mundoa partir da década de 60. A programação completa você vê no site da Caixa, mas constam filmes como " Alphaville", " Je vous Salue Marie" e outros. Fui re-ver dois filmes, sendo que um deles vi há mais de trinta anos, provavelmente na ABI, com um ambiente e um público bem diverso do atual no Centro Cultural da Caixa- Trata-se de " Acossado" ( À Bout de Souffle ) de 1960, que é um verdadeiro marco inicial do movimento, repleto de reverencias ao cinema norte-americano de ação e com uma expressividade de filmagem e direção bem marcantes. Nem precisava da agilidade e do humor do Jean Pierre Belmondo e da beleza estonteante da Jean Seberg. O segundo filme, foi "O desprezo" ( Le Mepris) de 1963 - falando em beleza, Brigitte Bardot, uma maravilha, secundada pelo grande desempenho do Jack Palance e do Michel Piccoli em uma estória sobre o cinema e sobre o relacionamento de um casal em crise. É um filme incômodo ainda hoje. O preço e a qualidade convidam- até sete de fevereiro !

MANDERLAY

Cotinuando na seara do Lars von Trier, porém de forma mais palatável, assisti ao que pretende ser uma continuação, ou melhor, elemento de uma trilogia do diretor (inacabada) sobre os Estados Unidos. "Manderlay" (2005) ainda permanece como possível teatro filmado, porém seus elementos cenográficos são muito mais pobres que em Dogville. A comparação aliás, sem dúvida alguma desejada pelo diretor, acaba por diminuir muito a continuação (como quase sempre acontece) embora o tema seja bastante diverso, retratando as relações com os negros que ainda vivem nesta nova locus, como escravos em uma fazenda de algodão. O discurso político neste filme é muito mais direto e portanto com menos graça, sem chegar a ser um filme ruim ou panfletário. Também na comparação com Dogville o desempenho dos atores, mesmo do porte de um William Dafoe ou Danny Glover é amplamente desfavorável. Tá certo que é covardia comparar com Dogville, mas a culpa é do diretor. Se não fosse pela comparação, seria só um bom filme ou um bom teatro filmado.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ANTICRISTO

Filme de terror não é minha praia, mas "Anticristo" é uma obra do Lars von Trier o celebrado cineasta dinamarques de "Dogville" ( que eu acho fantástico) e resolvi assistir. Trata-se sem dúvida de um filme "cult" com todos os problemas inerentes, ou seja , é hermético, com boa dose de pretensão e o risco da ser chato. Como se vê, não dá para recomendar pois dificilmente é do gosto de alguém, embora não seja um filme ruim. O processo doloroso de um casal ( William Defoe e Charlotte Guinsburg) na recuperação psicológica diante da morte acidental ( ou por negligência) de um filho pequeno, serve de pano de fundo para discussão de temas da magnitude da natureza e do mal. O pior defeito do filme, além de duas ou três cenas que parecem ter apenas o efeito de chocar ( e chocam), é precisar de referencias externas capazes de explicar melhor certos símbolos como animais e partes da estória que fogem ao meu conhecimento reduzido sobre aspectos metafísicos e psicanalíticos, ou seja, tirando as referencias mais óbvias como o Éden, boiei. De resto, é um filme incômodo, polêmico, e que por isto mesmo atinge os objetivos de seu diretor, que como Pasolini, faz filmes dificeis de engolir, mas nem por isso, dispensáveis.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ÔRI


"Ôri" é um documentário da Raquel Berger, de 1989, que assisti no sábado passado, na Tv Brasil. Não é um simples documentário, mas vários documentários em um só que são construídos sobre dois eixos principais- a noção de quilombo como símbolo identitário e o processo de inserção na religiosidade afro-brasileira. Em tôrno destes dois eixos são colocadas imagens belíssimas, que por exemplo, associam a luta pela terra e o seu significado ecológico e místico com imagens da luta do movimento negro no final da década de 70, e década de 80. Há beleza e emoção, por exemplo na recuperação de imagens de uma apresentação da Banda Black Rio na década de 80, do Congresso de Cultura Afro-americano em 1982, além de imagens da própria Africa. Não é pouca coisa o que o filme faz. Acho vital que seja visto, debatido, e mostrado este retrato da cultura brasileira, especialmente para as gerações mais jovens.

HÁ QUANTO TEMPO QUE TE AMO

"Há quanto tempo que te amo" ( Il Y a longtemps que je t'aime) é um premiado filme de 2008, frances, do diretor (e também roteirista) Phillipe Claudel. O filme pretende contar o processo de re-inserção social da personagem principal vivido com maestria pela Kristin Scott Thomas, após ter passado quinze anos presa. E o faz muito bem. Se você se ligar nos motivos do crime, que são mantidos em segredo até o final, o filme feica meio bobo porque o roteiro neste sentido é meio fantasioso, mas se você se ligar no próprio processo, aí a coisa muda de figura, e fica bom, tanto do ponto de vista da direção quanto do excelente trabalho tanto da atriz principal como da coadjuvante, a atriz francesa Elza Zilbertstein. Bom principalmente para quem gosta de dramas subjetivos, o que o torna bem frances.

sábado, 23 de janeiro de 2010

BOOGIE NIGHTS - PRAZER SEM LIMITES

Por vezes assitir um filme ruim te dá vontade de re-ver um filme bom que você já viu há algum tempo. "Boogie Nights" é um filmaço de 1997 com roteiro e direção de Paul Thomas Anderson ( de "Magnólia" e mais recentemente "Ouro Negro". Li que o festival de Sundance está tentando voltar a ser o que era, um celeiro de qualidade e isto é muito bom pois o diretor é cria do Sundance. Na verdade o Burt Reynolds mata a pau no filme e eu quase esqueci ao longo do tempo do resto do elenco que é superestelar ( hoje). Juliane Moore ( sensacional como atriz pornô), Heather Graham, Don Cheadle ( do SNL e Hotel Ruanda), William Macy, Jonh Reilly ( do SNL e "Walk Hard") Phillip Seymour ( de "Capote") faz\em um grande filme sobre a indústria pornográfica. Não perca!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A ILHA DO ADEUS

" A ilha do Adeus" é um filme de 1977 de Franklin Schaffner, baseado em romance de Ernest Hemingway. Há alguns temas recorrentes na obra do genial escritor que são muito bem expostos no filme, como o amor ao mar, a solidão e os relacionamentos humanos. O que ajuda muito o filme é o desempenho do George C. Scott que como sempre, dá muita densidade aos personagens. Não é maravilhoso, mas dá prá ver numa boa, sem cansar muito.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CONFISSÕES DE UMA GAROTA DE PROGRAMA

Ainda não é o "épico" da Bruna Surfistinha, que está sendo filmado, mas um filme do Steven Sorderbergh de 2009 (The Girlfriend Experience) que causou certa celeuma por usar como "atriz" uma "expert" no mercado visual pornográfico. É lógico que longe de seu "metier" a menina tem uma atuação horrorosa, como de resto os demais "atores", fazendo par com um roteiro horrível e uma direção desastrosa. O que é bom no filme? Nada. A intenção de mostrar alguma lógica e sentimento nos relacionamentos entre clientes e acompanhamentes, esbarra no lugar comum e numa certa tentativa de fazer um paralelo com a crise econômica norte-americana. Não há nem mesmo cenas de sexo, que poderiam trazer algo de bom no filme. O filme remete (por oposição) ao ótimo " Boogie Nights". Não tenha dúvidas...Não perca tempo com confissões bobinhas.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A TETA ASSUSTADA

O filme " A teta assustada", uma co-produção peruana-espanhola de 2009, dirigida pela Claudia llosa ( sobrinha do grande escritor Mario Vargas), ganhou o prêmio urso de ouiro em Berlim e foi bastante premiado em Gramado também. É a estória de Fausta, ( a beleza indígena e a atuação de Claudia Solyer é um dos atrativos do filme, sem dúvida) cuja mãe lhe passou uma doença (o medo) através do leite materno ( daí o título, é o nome da doença). O filme se propõe a cobntra a estória do processo através do qual Fausta precisa enterrar sua mãe ( e com ela é claro, o medo e o atraso). Uma idéia interessante, que porém é contada de forma lenta, com uma câmara excessivamente parada, arrastada, como a reforçar um subjetivismo excessivo a meu ver, que conduz muitas das vezes ao sono e a falta de interesse. Quando o filme abre para mostrar a família de Fausta, que vive de organizar festas de casamento em Lima, se torna mais interessante mostrando Lima e uma forma de mistura entre o moderno e o arcaico que certamente nos faz de alguma forma se identificar com aquela realidade. Em matéria de produção peruana, prefiro mil vezes "pantaleão e as visitadoras" que além de engraçado é mais inteligente. "A teta assustada" não é ruim, se você vencer o sono.

domingo, 3 de janeiro de 2010

UM ATO DE LIBERDADE

"Um ato de Liberdade" (Defiance) de 2008 é um filme supostamente baseado em fatos reais, que conta a estória de três irmãos que chefiaram uma comunidade de judeus perseguidos nas florestas da Bielo-Russia. A direção de Edward Zick optou por construir uma versão bem romanceada da realidade, onde são ressaltados combates bastante irreais com doses mortais de heroísmo implausível,e sobrevivência tipo Robinson Crusoé em uma floresta gelada, contando com a atuação correta do 007, Daniel Craig. É um filme assistível se você não quiser nada com a história e coma realidade, uma espécie de Lista de Schindler sem o Spielberg ( talvez os judeus da Bielo-Rússia não tenham o mesmo status...)Enfim, cinemão um pouco melhor que a média que tem sido produzido, e que não faz mal nenhum em ver sem pretensão alguma.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

TEMPOS DE PAZ

"Tempos de paz" é a transposição para o cinema de uma peça de Bosco Brasil que fez bastante sucesso " Novas diretrizes para tempos de paz". Na verdade ainda funciona mais como teatro do que como cinema, sendo a parte externa ao trabalho dos dois principais atores, quase dispensável. Ultrapassada esta questão, é um bom filme ou peça, que como informa ao final, acaba funcionando como homenagem a artistas e intelectuais que por conta da guerra vieram para o Brasil. O desempenho dos protagonistas Dan Stulbach (mais teatral que cinematográfico) e Tony Ramos ( mais cinematográfico) é excelente e traz para o debate uma série de questões importantes principalmente sobre a sobrevivência e a moral. Acho a estória construída em cima do personagem do Daniel Filho (que também é diretor) também dispensável e meio desconectada, mas nada que afaste a possibilidade de belos momentos de encenação positivamente teatral.