
domingo, 30 de março de 2008
'DOC"

quinta-feira, 27 de março de 2008
"O JULGAMENTO DE NUREMBERG-RICHARD WIDMARK"

Não param de chegar óbitos de gente ligada ao cinema, e hoje infelizmente, trata-se do ator Richard Widmark, que fez inúmeros papéis ligados a Westerns, Policiais e filmes de guerra, porém o grande destaque para mim é no filme O JULGAMENTO DE NUREMBERG, porque também é um grande filme e que traz outros grandes atores e um roteiro fantástico ( oscar de melhor roteiro) Richard Widmark faz o promotor que acaba fazendo contraponto a Spencer Tracy como Juiz e ao Burt Lancaster ( uau !) como juiz acusado, que colocam em questão o direito e a lei diante da justiça. Um tema infernal que é muito bem colocado. A característica principal do Richard Widmark é a seriedade na composição de seu rosto, ótimo para demonstrar preocupação e responsabilidade. O filme é de 1961, não assista ao remake que é muito pior. O original traz ainda como pano de fundo a Alemanha do pós-guerra, e além dos já citados, Maximilian Schell, Marlene Dietrich, e Judy Garland, além de outros bons atores e atrizes.
terça-feira, 25 de março de 2008
Eu Recomendo: Blog do MCL - Movimento Cinema Livre
www.movimentocinemalivre.blogspot.com
é um blog onde você poderá encontra várias informações boas sobre cinema em geral. Tem textos interessantes, como um que estou lendo agora sobre Godard
A descrição do próprio blog começa assim:
"O Movimento Cinema Livre surgiu em fins de 2006 no Orkut com o intuito de tornar mais acessível o chamado cinema autoral, disponibilizando legendas inéditas em português (e SEMPRE gratuitas) na Internet. Após alguns meses, o movimento cresceu consideravelmente. Assim foi criado o blog, que disponibiliza críticas, links e legendas para filmes marginalizados no circuito comercial.
Atualmente a comunidade tem mais de 1000 membros no orkut e centenas de legendas disponibilizadas.
Todos estão convidados a discutir conosco as diretrizes do movimento, bem como contribuir com o blog ou com o banco de legendas, sendo tais contribuições sem dúvida a grande base de dinamização do MCL.
Este blog se restringe a disponibilizar filmes - significativamente apresentados - cujas legendas foram traduzidas pelo MCL."
Olha os tags deles:
O que já houve
* Bernardo Bertolucci (1)
* Chris Marker (1)
* Downloads (13)
* Glauber Rocha (1)
* Ingmar Bergman (2)
* Kieslowski (1)
* Lars Von Trier (2)
* Liv Ullmann (1)
* Louis Malle (1)
* Lukas Moodysson (2)
* Michelangelo Antonioni (1)
* Peter Greenaway (1)
* Roman Polanski (1)
* Ruggero Deodato (1)
* Sam Peckinpah (1)
* Shinya Tsukamoto (1)
* Textos e Entrevistas (7)
* Umberto Lenzi (1)
vale a visita
domingo, 23 de março de 2008
dicas de filmes ruins
Antecipando-se à crítica de que apenas postamos sobre filmes bons, vamos de vez em quando indicar algumas bombas, pois nem todo investimento dá certo, acredite.
sexta-feira, 21 de março de 2008
"INVASÃO DE DOMICÍLIO"

quinta-feira, 20 de março de 2008
"O HOMEM QUE NÃO VENDEU SUA ALMA"
Esta semana em que morreram tantas pessoas importantes, mesmo sem a cruz, não há como não se prender ao obituário. Uma das mortes sentidas para o cinema é a do ator inglês Paul Scofield, que ganhou o Oscar de melhor ator em 1967, pelo seu desempenho no filme " O Homem que não vendeu sua alma" ( The Man for All Seasons) uma produção britânica de 1966, dirigida por Fred Zinneman, e que também ganhou o Oscar de melhor filme no mesmo ano. O filme tem roteiro de Robert Bolt e é baseado na peça do mesmo, contando a história de Thomas Morus, um advogado que se tornou chanceler de Henrique VIII e depois caiu em desgraça ao se opôr ao mesmo no episódio do divórcio do rei para casar co Ana Bolena e que gerou o cisma com a Igreja Católica e a criação da Igreja Anglicana. Thomas Morus era um intelectual respeitado, já havia escrito o célebre " Utopia", mas assumiu uma posição fortemente ética baseada em sua fé católica o que acabou lhe rendendo a prisão na Torre de Londres e posterior decapitação. Se você gosta de um bom filme sobre ética, poder, fé e razão, além de celebrar o excelente desempenho do ator falecido esta semana, que representa bem a escola dos atores britânicos respadados pela escola teatral, a fala vigorosa, a expressão facial marcante, aí está uma boa pedida, ainda com as participações especiais de Orson Welles e Vanessa Redgrave e um bom desempenho de todos os demais. É muito interessante o debate sobre o valor do silêncio como ação ou omissão - quem cala consente ? O homem perdeu a cabeça, mas virou santo católico e seu dia é 22 de junho.domingo, 16 de março de 2008
DICA CURTINHA- TARANTINO'S MIND
ALEMÃES DE ÚLTIMO GERAÇÃO: A VIDA DOS OUTROS/ADEUS LENIN/EDUKATORS


Ontem foi dia de cinema (pra quebrar os vídeos) e assisti um bom filme alemão da nova geração: “A VIDA DOS OUTROS”, o que me trouxe a referencia de dois outros vistos nos últimos anos, “EDUKATORS” e “ADEUS LENIN”. Pelo que se vê, o cinema alemão já tem sucessores para a geração de Fassbinder, Werzog e cia. A VIDA DOS OUTROS é uma produção de 2006, que ganhou o oscar de melhor filme estrangeiro do ano passado, dirigido por Florian Henckel von Dannersmarck. ADEUS LENIN é uma produção de 2003 de Wolfgang Becker e EDUKATORS é de 2004, de Hans Weingartner. Os dois mais antigos já são manjados em locadoras e o outro está passando no cinema. Os três tem algumas coisas em comum: São filmes que falam sobre política, mas que não se limitam a isto, são temas sobre temas. A VIDA DOS OUTROS pega a questão da espionagem e da polícia política para falar sobre a intromissão entre o espião e o espionado e sobre a vida das pessoas pressionadas por um aparato burocrático repressivo policial. O ótimo ator Ulrich Mohe, faz o agente Wiesle, e se destaca. É o mais reacionário dos três filmes, mas é engraçado (tem uma piada hilária sobre o Erich Honecker (ex-líder da RDA) e uma cena do agente com um menino no elevador que também é muito engraçada). O Humor e a criatividade também são a tônica de ADEUS LENIN, que é fantástico e imperdível, também sobre a extinta República Democrática Alemã, e que nos apresenta um ator, Daniel Bruhl, que promete se consagrar, e que também estrela EDUKATORS, que fala sobre política, é o mais progressista dos três e fala ainda sobre amizade, amor, mudanças das pessoas, e tem u dos melhores finais de filme que assisti nos últimos tempos. Não deixe de ver os três. Parece que o cinema germânico que sempre foi criativo (Corra, Lola...) está adquirindo uma boa dose de humor e uma leveza maior, que talvez antes não fosse possível
terça-feira, 11 de março de 2008
'ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ'



Há várias leituras possíveis sobre o grande vitorioso do Oscar 2008, ou seja, “ No Country for old man”, produzido e dirigido pelos irmãos Joel e Ethan Coen. As duas primeiras, é um bom filme, sem ser maravilhoso e a tradução para “ Onde os fracos não tem vez” mata muito do filme. Há uma característica que salta muito aos meus olhos, é que a fotografia, a trilha sonora e as imagens, retratam sem dúvida alguma, ainda aquele oeste bravio, mas com muita intensidade a fisionomia dos quatro grandes atores que compõe o quadro principal do filme, ou seja, Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Woody Harelson e Josh Brolin é o que mais retrata a dureza e a aridez daquela realidade. São faces duras, encarquilhadas, sem alegria, apenas risos irônicos, e a violência, fica bem claro, não está só na ação. Neste sentido lembra um pouco “Os Imperdoáveis”, porém com menos referencia no passado, e sim no presente cruel (até para com os animais) em que o personagem principal, o xerife de Tommy Lee Jones, representa o anti-herói, o homem da lei impotente, fraco e que assume uma atitude de desesperança e inevitabilidade diante de um quadro de violência, que eu chamaria de “violência má”, uma violência insana que no final é a grande vitoriosa no filme. Não é a simples violência que choca no filme, pois sabemos bem que o público, principalmente o norte-americano, mas nós também não estamos ficando atrás, gosta da “violência boa”, aquela na qual estamos no papel de mocinhos. Mas não é desta violência que o filme fala e sim da insanidade moral e da falta de sentido de uma lógica particular (neste sentido me lembrei de um filme, “Kalifornia” (1993), com um excelente contraponto entre Brad Pitt,Juliette Lewis e David Duchovny) em que o matador de Javier Bardem não deixa de reparar que todos lhe dizem o mesmo: “Você não precisa fazer isso” !
O que mais me chamou a atenção, após todas estas anotações, foi o fato deste filme ter ganho o Oscar. Não vou entrar na inútil discussão comparativa, até por que não vi os outros, mas acho significativo e mesmo doentio este filme ter ganho o prêmio de melhor filme pela industria do cinema de Hollywood. Acho que é um sintoma, e neste sentido há muita diferença com “Crash”, de que a violência sem sentido, os cadáveres e o sangue estão muito mais próximos e cada vez nos chocam menos (O xerife diria que é inevitável e ainda acrescentaria para o ajudante: Voce já reparou quem está morrendo?) e talvez mesmo por isso, o Presidente dos EUA não tenha vergonha de defender a tortura (a boa) e um quarto dos brasileiros (segundo recente pesquisa) também não. Neste mundo, não há mesmo lugar para a lei, a justiça, para heróis e para os mais velhos. Há, também não há lugar para sonhos !
domingo, 9 de março de 2008
"POLLOCK"
Resolvi postar sobre este filme, que já vi mais de uma vez, ao assistir a exposição de fotos de um amigo meu, em seu blog, baseado no artista. Pollock é um filme de 2000, produzido, dirigido e estrelado pelo excelente ator Ed Harris, que obviamente dá um show no filme, que também conta com a excelente atriz Márcia Gay Harden. Jackson Pollock é um ícone da pintura norte-americana e em dois sentidos pelo menos ele é fenomenal: a sua pintura carregada na técnica do gotejamento, abdica quase que integralmente da base tradicional e da moldura, e mesmo do pincel, compondo um abstracionismo diferente, a-geométrico e compulsivo, que passou á história da arte como expressionismo abstrato, do qual o pintor é um dos marcos.O filme carrega um pouco no subjetivismo, mas traz uma importante referencia, aliás, já comentada em outro post ( ver post sobre O Homem do Braço de Ouro) o Jazz dos anos 50, que também trazia esta espécie de compulsividade, muito presente na música de Charlie Parker, por exemplo (ver BIRD, filme de Clint Eastwood de 1988). Pollock, o filme, também carrega na subjetividade ao mostrar o ocaso do artista, incapaz de corresponder às exigências do mercado e da crítica. É um bom filme que vale muito a pena ver, como também a exposição de fotos do meu amigo Paulo Frias, em www.studiophotograph.blogspot.com e aliás já que o assunto também é fotografia, não deixe de ver a exposição de fotos do acervo Família Ferrez em cartaz até 27 de abril no CCBB. Fotos históricas do Rio antigo, Brasil e Suíça. História e Arte, de grátis.
sexta-feira, 7 de março de 2008
"SILVERADO/OS IMPERDOÁVEIS"

Ainda como aperitivo para “Onde os fracos não tem vez”, revi dois exemplares sobre o gênero ( Faroeste ou Western) ou seja, “ Silverado” e “Os imperdoáveis”. O primeiro, Silverado (1985) é uma produção do diretor Lawrence Kasdan, que se propõe a fazer uma verdadeira homenagem ao gênero. Utiliza um elenco estelar ( usando critérios de hoje e não da época em que foi feito) como Kevin Kline, Kevin Costner, Danny Glover, Jonh Cleese e Jeff Goldblum, o filme acaba sendo um retrato da decadência do gênero e para mim não funciona, embora muitos gostem. O melhor do filme, foi efetivamente contemplado na indicação para o Oscar de melhor trilha sonora. A imagem embora retrate geográficamente o oeste, não funciona mais, pois é muito “ limpa” para uma realidade e cultura “suja”, assim como os atores e atrizes, mesmo apresentando o Kevin Kline barbado e o Danny Glover idem, não conseguem remeter ao empoeirado e seco West americano. Positivamente, com exceção do Scott Glenn ( personagem Emmet ) e de Brian Dennehy ( xerife Cobb) os demais não conseguem corresponder ao estereótipo do gênero, e mesmo a direção resvala para um humor suave que efetivamente nada tem a ver com Jonh Wayne, Forte Apache, e os pistoleiros sanguinolentos. Em compensação, a associação Kasdan/Kline e Glover vai funcionar magistralmente seis anos depois no filme “ Grand Cannyon- ansiedade de uma geração” que qualquer dia destes eu posto.
segunda-feira, 3 de março de 2008
R.I.P., Jeff
Este é um blog sobre cinema, mas meus colegas vão me permitir abrir um parênteses sobre música, por uma boa razão:
O guitarista canadense de Blues (além de radialista e especialista em História da música), Jeff Healey, morreu ontem aos 41 anos, vítima de câncer. Healey é mais conhecido por sua participação como o guitarrista cego no filme "Matador de Aluguel" (Roadhouse, 1989), com Patick Swayze e Kelly Lynch; e por seu modo "havaiano" de tocar guitarra, sobre seu colo...
Jeff era muito bem considerado como guitarrista de jazz e rock, como um músico de rara habilidade, senso de hunor e grande generosidade.
Jeff morreu esta noite de domingo em um hospital em sua cidade, Toronto junto à sua família e um companheiro de banda, Colin Bray, após uma batalha contra o câncer .
domingo, 2 de março de 2008
O HOMEM DO BRAÇO DE OURO/CHAGA DE FOGO


Este filme é da “época” em que os tradutores não resolviam criar outra obra ao traduzir o nome do filme. 1955. Direção e produção de Otto Preminger, estrelado por Frank Sinatra, Eleanor Parker e Kim Novak, o filme, com uma temática ousada e com um desempenho fantástico do Frank Sinatra (é o seu melhor filme como ator sem dúvidas), chegou a ser indicado para prêmios importantes. É a estória de um viciado em heroína, jogador e músico, que desenvolve uma relação baseada com a sua culpa em relação a um acidente sofrido pela esposa (Eleanor Parker, excelente) e é pressionado por esta (passado) e mais pela amante ( que representa o amor e o novo ) pelo tráficante e pelos jogadores ( seu passado). Nesta estória pouco Hollywoodiana, destaque para o diretor,os atores e para a trilha sonora de Elmer Bernstein, totalmente baseada no ritmo que tem tudo a ver com a estória, o Jazz da década de 50. O Diretor como se sabe, era austríaco de nascimento e veio para os EUA como resultado dos conflitos europeus e do nazismo. ALIÁS, aproveitando o que não é uma coincidência, ou seja a presença da Eleanor Parker nos dois filmes, há outro filme, que retrata bem a década de 50 nos EUA e que é muito bom mesmo, trata-se de CHAGA DE FOGO (1951) voltamos ao problema da tradução, OK , que no original chamou-se “Detective Story”, uma produção de William Wyler, criada sobre uma peça da Broadway ( aliás interessante como a cena teatral é um grande celeiro para o cinema nos EUA, diferentemente de outros países) de Sidney Kingsley, com o genial Kirk Douglas fazendo o detetive Jim Mcleod e Eleanor Parker( novamente fabulosa) fazendo sua esposa Mary. Um filme que é ao mesmo tempo realista e que consegue passar um profundo drama existencial, um verdadeiro tratado sobre a ética. Vale demais a pena ver ambos, dois P&B fantásticos !


